Há muito tempo, entre
os anos de 1842 a 1843, uma mulher britânica criou algoritmos para o cálculo da
Sequencia de Bernoulli, uma sequência de números racionais com conexões na
teoria dos números, utilizando uma máquina analítica que era capaz de efetuar
qualquer operação, a máquina foi projetada por Charles Babbage, um matemático
britânico. Esta mulher ficou conhecida mundialmente após cem anos da sua morte,
em 1953, depois que redescobriram a máquina analítica e as suas notas. Seu nome
era Ada Lovelace, uma matemática ilustre que entrou para a história como a primeira
pessoa que programou. Em 1980, o Departamento de Defesa dos EUA, em sua
homenagem, registrou a linguagem de programação Ada.
Naquela época era
difícil uma mulher ser reconhecida pelo seu trabalho. A partir da Revolução
Industrial, entre os séculos XIX e XX, ocorreu a incorporação da mão de obra
feminina na indústria. Atualmente, a
mulher ainda vem conquistando seu espaço no mercado de trabalho. No Brasil, segundo
o Portal do Governo Brasileiro, a participação feminina no mercado aumentou nos
últimos anos. Porém, apesar de ser a maioria
da população e ter mais tempo de estudo, as brasileiras ainda são minoria no
mercado de trabalho.
Na área tecnológica, no
Brasil, uma pesquisa realizada de janeiro a março de 2002 pela Insider
Information 81 e comandada pela E-Consulting, observou que as mulheres ocupavam
54% das vagas nos departamentos de internet, marketing, comunicação e afins; e
23% do total de funcionários na área de e-commerce. Nas operações de internet
das agências de publicidade, as mulheres representaram 59% dos profissionais,
entre atendimento, webdesign, conteúdo e tráfego. Nas produtoras de internet,
elas eram quase 41% dos funcionários; nas integradoras, representaram 16% e,
nas consultorias, 29%.
Entre as grandes
empresas de tecnologia, como a IBM e a brasileira Totvs, as mulheres estão conquistando
seu espaço. Na Totvs, que desenvolve softwares para empresas, são 904 mulheres
do total de mais de 2,7 mil funcionários em áreas que requerem diploma na área
de TI. O número corresponde a 32,7% do total – similar à média de mulheres na
IBM, que é de 30% em todo o mundo.
Uma pesquisa divulgada
pelo Porto Digital em 2010 sobre mapeamento do perfil dos mais de 6.000
colaboradores das empresas ficou comprovado que apenas 26% deste total são
mulheres, a grande maioria, 74%, é composta por homens e com idade de até 30
anos (66%). A média de salário global dos colaboradores – homens e mulheres –
ficou em torno de R$ 2.600,00.
Na área acadêmica, espera-se
que esse número cresça a cada ano. Na Universidade Federal de Pernambuco, em
novembro de 2011, as mulheres representavam apenas 11% dos 872 estudantes de
Ciências da Computação e Engenharia da Computação.
Com o mercado em
expansão, a tendência do número de pessoas trabalhando na área tecnológica é
aumentar. Por mais que seja cultural essa diferença entre o número de mulheres
e homens espera-se que com o tempo a demanda de profissionais qualificados no
mercado possa equilibrar este quadro. O setor de tecnologia ainda é dominado
por homens, mas é claro que já está começando a existir um reconhecimento pela
capacidade de desenvolvimento da mulher dentro de grandes companhias. Há muito
espaço, mas falta informação em relação à carreira. O caminho é árduo, mas muitas
mulheres devem começar a aparecer nessas empresas do setor de tecnologia. Estamos chegando...
Nenhum comentário:
Postar um comentário