domingo, 21 de abril de 2013

Girls Who Code


Há muito tempo, entre os anos de 1842 a 1843, uma mulher britânica criou algoritmos para o cálculo da Sequencia de Bernoulli, uma sequência de números racionais com conexões na teoria dos números, utilizando uma máquina analítica que era capaz de efetuar qualquer operação, a máquina foi projetada por Charles Babbage, um matemático britânico. Esta mulher ficou conhecida mundialmente após cem anos da sua morte, em 1953, depois que redescobriram a máquina analítica e as suas notas. Seu nome era Ada Lovelace, uma matemática ilustre que entrou para a história como a primeira pessoa que programou. Em 1980, o Departamento de Defesa dos EUA, em sua homenagem, registrou a linguagem de programação Ada.

Naquela época era difícil uma mulher ser reconhecida pelo seu trabalho. A partir da Revolução Industrial, entre os séculos XIX e XX, ocorreu a incorporação da mão de obra feminina na indústria.  Atualmente, a mulher ainda vem conquistando seu espaço no mercado de trabalho. No Brasil, segundo o Portal do Governo Brasileiro, a participação feminina no mercado aumentou nos últimos anos.  Porém, apesar de ser a maioria da população e ter mais tempo de estudo, as brasileiras ainda são minoria no mercado de trabalho.

Na área tecnológica, no Brasil, uma pesquisa realizada de janeiro a março de 2002 pela Insider Information 81 e comandada pela E-Consulting, observou que as mulheres ocupavam 54% das vagas nos departamentos de internet, marketing, comunicação e afins; e 23% do total de funcionários na área de e-commerce. Nas operações de internet das agências de publicidade, as mulheres representaram 59% dos profissionais, entre atendimento, webdesign, conteúdo e tráfego. Nas produtoras de internet, elas eram quase 41% dos funcionários; nas integradoras, representaram 16% e, nas consultorias, 29%.

Entre as grandes empresas de tecnologia, como a IBM e a brasileira Totvs, as mulheres estão conquistando seu espaço. Na Totvs, que desenvolve softwares para empresas, são 904 mulheres do total de mais de 2,7 mil funcionários em áreas que requerem diploma na área de TI. O número corresponde a 32,7% do total – similar à média de mulheres na IBM, que é de 30% em todo o mundo. 

Uma pesquisa divulgada pelo Porto Digital em 2010 sobre mapeamento do perfil dos mais de 6.000 colaboradores das empresas ficou comprovado que apenas 26% deste total são mulheres, a grande maioria, 74%, é composta por homens e com idade de até 30 anos (66%). A média de salário global dos colaboradores – homens e mulheres – ficou em torno de R$ 2.600,00.

Na área acadêmica, espera-se que esse número cresça a cada ano. Na Universidade Federal de Pernambuco, em novembro de 2011, as mulheres representavam apenas 11% dos 872 estudantes de Ciências da Computação e Engenharia da Computação.

Com o mercado em expansão, a tendência do número de pessoas trabalhando na área tecnológica é aumentar. Por mais que seja cultural essa diferença entre o número de mulheres e homens espera-se que com o tempo a demanda de profissionais qualificados no mercado possa equilibrar este quadro. O setor de tecnologia ainda é dominado por homens, mas é claro que já está começando a existir um reconhecimento pela capacidade de desenvolvimento da mulher dentro de grandes companhias. Há muito espaço, mas falta informação em relação à carreira. O caminho é árduo, mas muitas mulheres devem começar a aparecer nessas empresas do setor de tecnologia. Estamos chegando...

Fontes  : Wikipedia, Portal Brasil,  Exame IG - Tecnologia,  Porto Digital,  Veja

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