Nosso
desejo de consumidores tecnológicos é de sempre adquirir aquele gadget de
última geração, usar e abusá-lo dele. O que nós sabemos (e o nosso bolso) é
que se trata de uma tecnologia super cara abstraindo todo desenvolvimento tecnológico
nos bastidores. O computador, por exemplo, o primeiro exemplar ENIAC ocupava 30
metros, realizava 5.000 operações por segundo e memória de 198 bits. Na época
os jornais o qualificaram de "Einstein Mecânico" e de "Frankenstein
Matemático".
Atualmente,
devido ao grande poder de processamento, a velocidade do processador é medida
em Flops uma sigla em inglês para operações de ponto-flutuante por segundo. O
Intel Core i7 980 XE, por exemplo, opera em pouco mais de 100 GFlops apenas
100.000.000.000 operações a cada segundo!
Um
homem já tinha previsto isso, Gordon Moore, cofundador da Intel, no seu artigo
publicado em 1965 sobre os avanços na tecnologia de hardwares e a evolução
deles nos próximos anos afirmava que o número de transistores de um chip
dobraria a cada ano. A Lei de Moore foi comprovada por toda a indústria por
décadas e muito além do que previa. Em outro momento, Moore afirmou que a sua
lei não poderia continuar para sempre, pois há limite para o crescimento sem
que ocorra algum problema e os componentes só podem ser reduzidos até um certo
tamanho. Ou seja, o número limite de elétrons por área de um processador está cada vez mais perto de ser alcançado .
“Quando
começamos, tínhamos cerca de 1 milhão de elétrons por células... Agora temos
somente algumas poucas centenas”, afirma Eli Harari, CEO da Sandisk. Indústrias
apostaram em arquiteturas baseadas em múltiplos núcleos de processamento
justamente para burlar o superaquecimento provocado pelo excesso de ciclo de clocks
em apenas um núcleo. Os softwares também passaram a exigir muito mais dos
processadores. O que fazer no futuro se a capacidade dos processadores se
esgotarem?
Segundo
o físico teórico Michio Kaku, em apenas 10 anos será o fim. Com um número menor
de átomos, o calor liberado pelo processador será tão alto que poderá derretê-lo.
Ele conta que os cientistas tentarão estender a Lei de Moore o que não impedirá
os investimentos em computadores moleculares e quânticos.
Enquanto
ficamos na expectativa de novas tecnologias, cientistas trabalham para oferecer
soluções. Considerando que os avanços de 50 anos com apenas um elemento, o
silício, está chegando ao fim, não significa que o mundo tecnológico deverá
estagnar. Assim como você deu uma risadinha e se perguntou como é que os EUA
diziam que tinha um super processamento com o ENIAC no início do texto, um dia
os 100 GFlops do i7 também poderá ser piada.