domingo, 5 de maio de 2013

SmartCity pernambucana


Você sabe o que significa cidade inteligente? Segundo a World Foundation for Smart Communities (“Fundação Mundial de Comunicação Inteligentes”) se trata de um crescimento baseado nas tecnologias da informação e comunicação. Um determinado local que usa a inovação aliada à tecnologia em prol do desenvolvimento. Um bom exemplo é a cidade de Songdo na Coréia do Sul. Em uma área de 6 km², a 65 km de Seul, um investimento de 40 bilhões de dólares levanta uma nova e ambiciosa cidade destinada a ser um centro financeiro global, pretende ser finalizado em 2015 e será a mais moderna área urbana da Ásia. Será uma metrópole ecologicamente correta, com 40% de áreas verdes, baixas emissões de carbono, rede de transporte público sem protagonismo de automóveis privados, investimento em metrô e numa rede de táxis aquáticos elétricos. Songdo será a primeira “U-city” do mundo, uma cidade onde tudo está conectado. U-city, ambiente ubíquo, é um conceito usado para definir um local onde toda tecnologia de informação está aplicada e todos os sistemas estão interligados. Esta conexão pode ser feita de diferentes maneiras, desde simples redes sem fio até identificação por radiofrequência. Sensores no asfalto, nas ruas e nos edifícios enviarão dados de forma ininterrupta para um centro de controle, onde informações a respeito dos prédios, da demanda por energia, das condições do asfalto e do trânsito, assim como a temperatura externa e interna, serão coletadas e analisadas. Etiquetas com identificação por radiofrequência (Radio-Frequency Identification, ou R Fid, na sigla em inglês) serão colocadas em todas as placas de veículos enviando sinais ao controle central em menos de um segundo permitindo ao centro de controle ajustar o intervalo dos semáforos, criar desvios e fornecer alertas mais cedo contra engarrafamentos. O lixo terá uma espécie de QR-Code, assim, cada vez que um cidadão reciclar o lixo, ganha um crédito junto à prefeitura, que pode ser revertido em descontos nos impostos. As pessoas terão um smart-card que pode ser usado para abrir a porta de casa e até pagar por serviços como metrô, estacionamento, cinema, empréstimo de uma bicicleta pública, enfim, uma infinidade de utilidades.

Aqui em Pernambuco teremos a oportunidade de usufruir um pouco deste conceito. Em 2014 o Brasil sediará a Copa do Mundo e isso nos trouxe alguns avanços. A Cidade da Copa será um espaço de 240 hectares construído às margens do rio Capibaribe, no município de São Lourenço da Mata, Região Metropolitana de Recife e será conectada à capital por várias vias que já estão sendo construídas ou estão em licitação. A arena terá capacidade para 46.000 pessoas e 4.700 vagas de estacionamento, sendo 800 cobertas. O custo é de R$ 532 milhões. Foi erguida do zero e utiliza as mais avançadas tecnologias de informação e comunicação. Todas as conexões entre as várias edificações serão subterrâneas e por meio de fibra óptica. E com cobertura para transmissão de dados por redes sem fio (Wi-Fi). O acesso às arenas de esportes—um estádio para 46 mil pessoas e ginásio para 10 mil lugares — usará tecnologia de biometria para reconhecimento facial. O controle do posicionamento de veículos será feito em tempo real, com sinalização dos semáforos ajustada eletronicamente ao fluxo dos carros. Medições eletrônicas do consumo de energia, sistemas on-line de prevenção e controle de emergências, monitoramento da poluição do ar, ventilação e iluminação naturais e sistemas de coleta seletiva de lixo farão parte do projeto ambicioso. A Cidade da Copa também terá metrô e integração ao aeroporto. O bairro de 240 hectares, projetado para ter até 18 mil moradores, será rodeado por ciclovias, quadras esportivas e áreas verdes às margens do rio Capibaribe. A nova arena será uma das primeiras a implantar uma usina de energia solar. O projeto será desenvolvido pela Neonergia, uma das maiores empresas do setor elétrico brasileiro, por meio de suas controladas, a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) e pela Odebrecht Energia, com investimentos de cerca de R$ 13 milhões. A usina solar vai gerar 1 MW, mas apenas 20% estarão disponíveis para consumo da Arena Pernambuco.

Projetos como esses reforçam a ideia do que esperamos como as cidades sejam no futuro. Uma das maiores preocupações, atualmente, é com a sustentabilidade e a união da tecnologia, a preocupação com o meio ambiente e qualidade de vida mostram meios e soluções capazes de fazer a diferença. Exemplos estão acontecendo em todo mundo para facilitar o dia a dia da população e já era hora de Pernambuco participar. Somos a primeira smart city da América Latina, e este legado vai muito além de uma estrutura. Autoestima também melhora qualidade de vida.

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